Desafio - Módulo V
Nós seres humanos estamos sempre numa espécie de auto análise, pois existe em nós a questão de julgamento. Estamos sempre tentando nos provar capazes de sermos melhores a cada dia, lógico que para quem sente a necessidade de transformação ou em que sua vida tenha um propósito e não somente uma mera existência. Vejo em mim a identidade que construí ao longo dos anos, momentos que vivi, bons ou ruins, com familiares ou só. Isso me trouxe para o dia de hoje, é fundamental para minhas escolhas aqui no presente, e para os passos que darei futuramente. O mundo das artes inclusive me fez reconhecer quem eu sou e o que eu quero a seguir nessas etapas da minha vida.
Na verdade venho analisando minha vida, meu eu todos os dias há bastante tempo e agradeço ser capaz disso, tento me enxergar como se estivesse em um espelho, consigo reconhecer sonhos ainda a buscar, algumas frustrações que na verdade são impossíveis de não existirem, são estruturas basicas necessárias para o nosso crescimento, devemos todos os dias pensarmos consciente no inconsciente, nas nossas profundezas, pra podermos nos revelarmos o que está errado, o que pode ser mudado, o que falta e pode ser adquirido; o que se tem de bom e pode ser aprimorado.
Fundamental é externar, questionar, mudar, valorizar e reconhecer.
Assim poderemos alcançar um outro nível de existência e nobreza humana.
Nossa... como fiz! E ainda faço muito. Na infância era a minha identificação com a "Emília do Sítio do Pica-pau Amarelo". Acho que era uma forma de ressaltar minha rebeldia comportamental, meu universo criativo e pessoal.
Quando adulto, levei tal prática para textos mais complexos. Até por conta da minha formação acadêmica, Direção em Artes Cênicas, levando-me ao estudo mais aprofundado das personagens e seus universos. Pontuo, significadamente, as obras de Nelson Gonçalves.
A analisar minha infância percebo claramente que ela foi determinante para formação da personalidade.
Sim,já tive várias experiências de autoanálise no curso de artes e também na psicoterapia. Penso que podemos revisitar memórias e analisá-las sempre que tivermos necessidade de uma compreensão mais clara sobre pontos da nossa psique.
Ao relembrar minha infância, em alguns momentos me senti triste, pois fiz coisas que não eram para ser feitas, mas me senti feliz também, porque lembrei de momentos alegres e de aprendizagem que me ajudaram muito em minha história de vida.
MUITA DOR E TRISTEZA NO INÍCIO AO RELATAR O QUE SEI (NÃO LEMBRO) DE QUANDO FUI PARA CRECHE AOS 3 MESES DE VIDA.
TENHO UMA VAGA LEMBRANÇA DE UMA BABÁ ME DANDO BANHO E A SENSAÇÃO NÃO É BOA.
POSTERIORMENTE LEMBRANÇAS FELIZES COM ESCOLA, ESPORTE E MEU PAI PRESENTE NESSES MOMENTOS.
MINHA MÃE É AMBÍGUO O SENTIMENTO, FELICIDADE E RAIVA.
Desde que comecei um processo de autoconhecimento eu venho tentado resgatar memórias da minha infância para que eu compreendesse minhas reações, sentimentos e emoções da vida adulta. Tenho feito o processo de escrita e tenho conseguido adentrar em memórias que eu jamais encontraria se eu não me atentasse.
Relembrar alguns momentos da minha infância foi e tem sido desafiador, pois percebo o quanto me tornei uma mulher insegura e controladora por não ter sido protegida na minha infância. Meus pais nunca me deram segurança emocional e financeira. Me tornei a referência materna dos meus irmãos e de minha própria mãe quando eu era adolescente. Eu aprendi a não demonstrar fraqueza, fragilidade e vulnerabilidade desde pequena para dar apoio e segurança à minha família.
Fazer o exercício de escrita me fez reviver os mesmos sentimentos que eu vivia naquela época. Isso me fez perceber o quanto eu ainda preciso amadurecer, permitir ser cuidada, vulnerável e amada. Isso se torna um desafio maior dentro do meu relacionamento. Meu noivo tem sido paciente com minhas feridas da infância e tem me ajudado a lidar com minhas emoções ainda não administradas.
Busco sempre fazer autoanalise... e é incrível como a cada vez, descubro mais sobre mim e as relações com minha infância.. e assim tenho a oportunidade de me renovar.
A importância de fazer autoanalise é que gera autoconhecimento e reflete na evolução do "eu". A autoanalise proporciona acessar o inconsciente em busca de memórias, sentimentos e emoções da infância e que possam ser identificados, analisados e trabalhados em busca de um "eu" mais consciente quanto as minhas limitações, crenças à luz da aplicabilidade, aceitação, compreensão dos porquês do nosso agir.
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